COMPORTAMENTO - Cuidado ao digitar: web eterniza informações
Apagar informações divulgadas na internet é muito difícil; às vezes, impossível. Internauta deve ter cuidado com o que divulga; veja dicas para se preservar.
Fonte: G1 - JULIANA CARPANEZ
Ao contrário do que acontece com as pessoas, a internet não esquece. Por mais remota que seja a situação, basta uma rápida busca para encontrar o mico de um chefe de Estado, o vídeo da modelo na praia com seu namorado ou a infeliz declaração de um pop star. Mas esse gigante banco de dados não se lembra somente das celebridades: pode também encontrar as suas gafes, os seus comentários infelizes e as suas opiniões controversas. Por isso, antes de se empolgar em frente ao teclado, é bom lembrar que a publicação de informações on-line muitas vezes não tem volta.
Silvio Meira: Esquecimento, na rede, virou lembrança eterna Na página do Google sobre exclusão de dados, fica claro que um internauta só pode fazer essa remoção utilizando sua própria página. Ou seja: você só consegue tirar do Google aquilo que você mesmo escreveu e publicou. Se, por acaso, o dono de outro site copiar essas informações, elas continuarão aparecendo -- quer você concorde, ou não. Às vezes o usuário pode contar com a sorte, porque, com o tempo, o conteúdo muitas vezes acaba sumindo.
O universitário Bruno Meybom Pospichil, 21 anos, conhece bem as conseqüências das informações “eternas”. Dono da comunidade “Eu estou no Google”, com 60 usuários do Orkut cadastrados, Pospichil foi encontrado na internet por uma menina que ele reprovou na comunidade “Só Gatas”. “Ela me procurou para saber o motivo da reprovação, foi bem desagradável”, contou. Outra situação da qual o universitário se arrepende foi a participação em uma “guerra virtual” entre redes de bate-papo. “Esse conteúdo já não aparece mais no Google, mas por algum tempo estava entre o resultado das buscas. Isso me incomodava.” Por conta dessas situações, o internauta aprendeu algumas estratégias para preservar sua identidade na web. Ele sugere, por exemplo, que os usuários adotem nicknames (apelidos) quando publicarem informações em blogs, fóruns e outras páginas colaborativas. “No Orkut isso já fica mais complicado, pois algumas comunidades não permitem posts anônimos”, lembra o universitário. Para qualquer tipo de site, no entanto, fica a dica: “Deve imperar o bom senso na hora de publicar textos na internet, sempre evitando ofender ou prejudicar as pessoas, mesmo que essa pareça a atitude mais adequada naquele momento”, ensina.
Boas maneiras
Fábio Flatschart, professor da área de internet do Senac São Paulo, concorda com esse tipo de atitude sugerida por Bruno. “A internet é uma extensão de nossas vidas e, por isso, é importante manter no ambiente virtual os bons modos utilizados em outros níveis sociais, como no trabalho”, afirma. Para Flatschart, os usuários de internet devem ter sempre em mente a hipótese de que não será possível apagar o conteúdo inserido na web. O engenheiro Jorge Augusto Wissmann, 23, é mais enfático ao descrever essa situação: “não tem para onde fugir”, afirmou em entrevista ao G1 o dono da comunidade “Eu me achei no Google”. Segundo Wissmann, que digita seu nome para ver os resultados da busca, seria muito difícil mascarar uma informação se não gostasse de vê-la publicada. “Os métodos de busca encontrariam alguma maneira para contornar essa tentativa de mascarar os dados. Sendo assim, não tem para onde fugir”, afirmou o engenheiro.
Fonte: G1 - JULIANA CARPANEZ
Ao contrário do que acontece com as pessoas, a internet não esquece. Por mais remota que seja a situação, basta uma rápida busca para encontrar o mico de um chefe de Estado, o vídeo da modelo na praia com seu namorado ou a infeliz declaração de um pop star. Mas esse gigante banco de dados não se lembra somente das celebridades: pode também encontrar as suas gafes, os seus comentários infelizes e as suas opiniões controversas. Por isso, antes de se empolgar em frente ao teclado, é bom lembrar que a publicação de informações on-line muitas vezes não tem volta.
Silvio Meira: Esquecimento, na rede, virou lembrança eterna Na página do Google sobre exclusão de dados, fica claro que um internauta só pode fazer essa remoção utilizando sua própria página. Ou seja: você só consegue tirar do Google aquilo que você mesmo escreveu e publicou. Se, por acaso, o dono de outro site copiar essas informações, elas continuarão aparecendo -- quer você concorde, ou não. Às vezes o usuário pode contar com a sorte, porque, com o tempo, o conteúdo muitas vezes acaba sumindo.
O universitário Bruno Meybom Pospichil, 21 anos, conhece bem as conseqüências das informações “eternas”. Dono da comunidade “Eu estou no Google”, com 60 usuários do Orkut cadastrados, Pospichil foi encontrado na internet por uma menina que ele reprovou na comunidade “Só Gatas”. “Ela me procurou para saber o motivo da reprovação, foi bem desagradável”, contou. Outra situação da qual o universitário se arrepende foi a participação em uma “guerra virtual” entre redes de bate-papo. “Esse conteúdo já não aparece mais no Google, mas por algum tempo estava entre o resultado das buscas. Isso me incomodava.” Por conta dessas situações, o internauta aprendeu algumas estratégias para preservar sua identidade na web. Ele sugere, por exemplo, que os usuários adotem nicknames (apelidos) quando publicarem informações em blogs, fóruns e outras páginas colaborativas. “No Orkut isso já fica mais complicado, pois algumas comunidades não permitem posts anônimos”, lembra o universitário. Para qualquer tipo de site, no entanto, fica a dica: “Deve imperar o bom senso na hora de publicar textos na internet, sempre evitando ofender ou prejudicar as pessoas, mesmo que essa pareça a atitude mais adequada naquele momento”, ensina.
Boas maneiras
Fábio Flatschart, professor da área de internet do Senac São Paulo, concorda com esse tipo de atitude sugerida por Bruno. “A internet é uma extensão de nossas vidas e, por isso, é importante manter no ambiente virtual os bons modos utilizados em outros níveis sociais, como no trabalho”, afirma. Para Flatschart, os usuários de internet devem ter sempre em mente a hipótese de que não será possível apagar o conteúdo inserido na web. O engenheiro Jorge Augusto Wissmann, 23, é mais enfático ao descrever essa situação: “não tem para onde fugir”, afirmou em entrevista ao G1 o dono da comunidade “Eu me achei no Google”. Segundo Wissmann, que digita seu nome para ver os resultados da busca, seria muito difícil mascarar uma informação se não gostasse de vê-la publicada. “Os métodos de busca encontrariam alguma maneira para contornar essa tentativa de mascarar os dados. Sendo assim, não tem para onde fugir”, afirmou o engenheiro.
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