TENDÊNCIAS - A fuga dos anúncios. A web 2.0 pega fogo.
Investimento e negócios por todos os lados. Mas, mesmo no Silicon Valley, para onde foram os anúncios que sustentam sua mídia?...
Fonte: Blog do Silvio Meira - 21/07/2007
Reportagem recente na Forbes dá conta de que o Silicon Valley, casa de força da economia global de tecnologias de informação e comunicação, sustentada pelo mais sofisticado sistema de investimento do planeta, roda a todo vapor. E o boom se espalha mundo afora, por China, Índia, Europa e (até) Brasil, onde se vê melhoras significativas quando se trata de negócios de e com tecnologias da informação e comunicação e investimentos nos mesmos.
Mas a mesma reportagem revela um outro fenômeno: a mídia que dá notícias do frenesi está perdendo anúncios como nunca. Como pode? Na primeira rodada de empresas de internet, revistas como Wired e Business2.0, criadas para servir o “novo” mundo, tiraram verbas da velha mídia, de papel, rádio e TV. Isso foi há cerca de dez anos. Mas, nesta volta do relógio, os anúncios estão fugindo da “nova” para a novíssima mídia, com revistas e seus sites (alguns muito bons) perdendo publicidade para blogs, comunidades e engenhos de busca, e numa taxa muito alta…
Business 2.0 perdeu 21.8% dos anúncios nos doze meses até março; PC Magazine sofreu mais, com 38.8% menos publicidade. Seu editor-chefe partiu para outra, incapaz de montar um plano de recuperação. Por enquanto, a síndrome do anúncio perdido afeta as publicações “de tecnologia”, mas não há nada que impeça o vírus de se espalhar por toda a mídia. E não há nenhuma razão para não acontecer em outros mercados e espaços geográficos, como no Brasil. Aqui, as evidências do fenômeno ainda são poucas, mas parece ser uma questão de tempo: quando houver mais banda e mais gente em banda larga, blogs de especialistas e comunidades de usuários, clientes (e críticos) certamente começarão a atrair uma porcentagem significativa dos recursos que hoje se destinam à grande mídia. Afinal, se os brasileiros são campeões de tempo de uso da rede, porque os anúncios não iriam para lá?...
Lá fora, as indústrias de busca, blogs, comunidades e anúncios estão se organizando rapidamente, com infra-estruturas de negociação e publicação de anúncios que atingem parte significativa da novíssima mídia. Segundo a Forbes, a Federated Media Publishing já gerencia anúncios em mais de 100 blogs, o que significa que o anunciante não tem que lidar com cada um em particular, mas com um “sistema”, que cuida de todo o processo.
E os movimentos são rápidos, como nos tempos de aventura do começo da internet, inclusive para jornalistas que têm prêmios Pulitzer saindo de seu “estágio” nos jornais para um deixa-que-eu-publico aparentemente mais livre e interessante. Inclusive financeiramente.
No Brasil, as mudanças têm suas próprias matizes: ainda falta de estrutura do mercado de serviços de internet e isso acaba levando os “independentes” e seus blogs para a grande mídia, numa espécie de volta dos filhos pródigos... Ricardo Noblat e seu blog são o exemplo de maior sucesso até agora. Que acabou se tornando, de fato, uma agência de notícias quase horizontal, em tempo quase real.
Mas é só uma questão de tempo. Pouco tempo, talvez. Menos do que a grande mídia pensa. Um dos sinais é a e-life, empresa brasileira que varre a web tentando descobrir o que se discute, em blogs e comunidades, sobre produtos, serviços e empresas, e vende o resultado para quem quer entender o que se diz, na rede, sobre seu negócio. De dois clientes em 2005 e oito em 2006, eles vão passar de 30 grandes usuários este ano. Bons ventos, os da mudança...
Fonte: Blog do Silvio Meira - 21/07/2007
Reportagem recente na Forbes dá conta de que o Silicon Valley, casa de força da economia global de tecnologias de informação e comunicação, sustentada pelo mais sofisticado sistema de investimento do planeta, roda a todo vapor. E o boom se espalha mundo afora, por China, Índia, Europa e (até) Brasil, onde se vê melhoras significativas quando se trata de negócios de e com tecnologias da informação e comunicação e investimentos nos mesmos.
Mas a mesma reportagem revela um outro fenômeno: a mídia que dá notícias do frenesi está perdendo anúncios como nunca. Como pode? Na primeira rodada de empresas de internet, revistas como Wired e Business2.0, criadas para servir o “novo” mundo, tiraram verbas da velha mídia, de papel, rádio e TV. Isso foi há cerca de dez anos. Mas, nesta volta do relógio, os anúncios estão fugindo da “nova” para a novíssima mídia, com revistas e seus sites (alguns muito bons) perdendo publicidade para blogs, comunidades e engenhos de busca, e numa taxa muito alta…
Business 2.0 perdeu 21.8% dos anúncios nos doze meses até março; PC Magazine sofreu mais, com 38.8% menos publicidade. Seu editor-chefe partiu para outra, incapaz de montar um plano de recuperação. Por enquanto, a síndrome do anúncio perdido afeta as publicações “de tecnologia”, mas não há nada que impeça o vírus de se espalhar por toda a mídia. E não há nenhuma razão para não acontecer em outros mercados e espaços geográficos, como no Brasil. Aqui, as evidências do fenômeno ainda são poucas, mas parece ser uma questão de tempo: quando houver mais banda e mais gente em banda larga, blogs de especialistas e comunidades de usuários, clientes (e críticos) certamente começarão a atrair uma porcentagem significativa dos recursos que hoje se destinam à grande mídia. Afinal, se os brasileiros são campeões de tempo de uso da rede, porque os anúncios não iriam para lá?...
Lá fora, as indústrias de busca, blogs, comunidades e anúncios estão se organizando rapidamente, com infra-estruturas de negociação e publicação de anúncios que atingem parte significativa da novíssima mídia. Segundo a Forbes, a Federated Media Publishing já gerencia anúncios em mais de 100 blogs, o que significa que o anunciante não tem que lidar com cada um em particular, mas com um “sistema”, que cuida de todo o processo.
E os movimentos são rápidos, como nos tempos de aventura do começo da internet, inclusive para jornalistas que têm prêmios Pulitzer saindo de seu “estágio” nos jornais para um deixa-que-eu-publico aparentemente mais livre e interessante. Inclusive financeiramente.
No Brasil, as mudanças têm suas próprias matizes: ainda falta de estrutura do mercado de serviços de internet e isso acaba levando os “independentes” e seus blogs para a grande mídia, numa espécie de volta dos filhos pródigos... Ricardo Noblat e seu blog são o exemplo de maior sucesso até agora. Que acabou se tornando, de fato, uma agência de notícias quase horizontal, em tempo quase real.
Mas é só uma questão de tempo. Pouco tempo, talvez. Menos do que a grande mídia pensa. Um dos sinais é a e-life, empresa brasileira que varre a web tentando descobrir o que se discute, em blogs e comunidades, sobre produtos, serviços e empresas, e vende o resultado para quem quer entender o que se diz, na rede, sobre seu negócio. De dois clientes em 2005 e oito em 2006, eles vão passar de 30 grandes usuários este ano. Bons ventos, os da mudança...
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