O Django cria sites a jato
Quarta-feira, 19 de março de 2008 - 09h53
Baseado na linguagem Python, o Django é perfeito para a web 2.0.
O Django não é uma ferramenta das mais amigáveis, mas quem desenvolve aplicativos para a web com ele garante: depois que o programador pega o jeito, não há nada mais rápido para criar um site de conteúdo.
Baseado na linguagem Python, o Django é perfeito para a web 2.0.
O Django não é uma ferramenta das mais amigáveis, mas quem desenvolve aplicativos para a web com ele garante: depois que o programador pega o jeito, não há nada mais rápido para criar um site de conteúdo.
AOL Canadá: loja online de música desenvolvida com o Django
Esse framework para desenvolvimento de aplicativos na web nasceu na empresa Lawrence.com para gerenciar sites de notícias. Hoje, ele é utilizado em sites profissionais de alto tráfego. O jornal The Washington Post, por exemplo, utilizou o Django para criar uma aplicação que permite que os leitores pesquisem os votos dos congressistas americanos desde 1991.
A AOL do Canadá é outro exemplo. Ela empregou o Django ao montar seu site de venda de músicas online. Com o Django, um bom programador de Python é capaz de desenvolver um site completo em poucas horas, inclusive com interface administrativa.
O conceito chave do Django é a reutilização: se o desenvolvedor criou um código que funciona, o próprio software fará com que ele o aproveite em outros trechos do programa. Vejamos, a seguir, uma análise desse framework.
Instalação
O Django quase não tem pré-requisitos. Roda tanto no Windows quanto no Linux, já conta com um servidor web embutido e tem uma seção da documentação que só fala sobre a instalação. No entanto, apesar de já estar plenamente funcional, o software ainda é considerado beta e tem mudado a cada nova versão. Como a documentação nem sempre acompanha essas mudanças, pode ser difícil segui-la, o que complica a instalação. Em geral, é preciso instalar o interpretador da linguagem Python, a ferramenta de controle de versões Subversion e o próprio Django. Um programa faz a configuração inicial.
Banco de dados
Como o Django foi criado para gerenciar conteúdo, ele é compatível com a maioria dos gerenciadores de bancos de dados do mercado. O software funciona bem com PostgreSQL e MySQL, que vêm sendo usados na maioria dos sites construídos com o Django. Alguns sites de tráfego muito alto empregam o Oracle. Também é possível fazer o Django rodar com o SQL Server, da Microsoft, mas com algumas limitações.
Páginas dinâmicas
O Django não oferece interface web e outros facilitadores para ajudar na criação do site. Em vez disso, ele conta com um recurso mais profissional e que permite a reutilização de código e de bibliotecas em Python já existentes. O processo começa com a importação de uma classe de um determinado módulo do Django ou do Python. Para gerar uma página HTML, por exemplo, é só importar a classe HttpResponse do módulo django.http. Depois, cria-se uma função utilizando essa classe e, na seqüência, associa-se essa função a uma URL. Cada vez que o internauta tentar acessar essa URL, a função correspondente é processada e a classe HttpResponse gera o código HTML.
Design X programação
Uma das dificuldades do desenvolvimento na web é definir o ponto exato onde acaba o trabalho do programador e começa o do designer. Com o Django isso não é problema: cada profissional pode fazer o seu trabalho simultaneamente e depois reunir tudo para concluir a aplicação. A ferramenta ainda conta com gabaritos que facilitam bastante a finalização de um site.
Administração
Outro recurso muito útil do Django é a ferramenta que cria sites administrativos. Quem já desenvolveu alguma aplicação mais complexa, sabe o trabalho que dá elaborar a parte de administração. Com o Django isso já vem pronto. Mas, claro, é preciso conhecer programação em Python para ativar esse recurso.
Aprendizado
Iniciantes em Django podem consultar um livro online gratuito (www.djangobook.com) que possibilita que os programadores conheçam a ferramenta toda em pouco tempo. É claro que esse livro não ensina a programar em Python, mas um desenvolvedor experiente não terá problemas para se adaptar à linguagem. Há também um tutorial online que mostra como dar os primeiros passos com o Django.
Turma do Python
Fazendo uma avaliação geral do Django, é fácil concluir que se trata de uma excelente ferramenta, que traz grande produtividade no desenvolvimento. A única ressalva é que ela só vale a pena para quem já desenvolve em Python. Se não for esse o caso, é melhor investir em um framework mais amigável, como o Ruby On Rails ou numa ferramenta comercial.
RUBY ON RAILS
O mais conhecido concorrente do Django entre os frameworks da web 2.0 é o Ruby on Rails (www.info.abril.com.br/download/4574.shtml). O site Mesure Map (www.measuremap.com), do Google, por exemplo, foi construído com ele. Mais antigo que o Django, ele está, também, mais maduro.
Toni Cavalheiro, na INFO de novembro de 2007
A AOL do Canadá é outro exemplo. Ela empregou o Django ao montar seu site de venda de músicas online. Com o Django, um bom programador de Python é capaz de desenvolver um site completo em poucas horas, inclusive com interface administrativa.
O conceito chave do Django é a reutilização: se o desenvolvedor criou um código que funciona, o próprio software fará com que ele o aproveite em outros trechos do programa. Vejamos, a seguir, uma análise desse framework.
Instalação
O Django quase não tem pré-requisitos. Roda tanto no Windows quanto no Linux, já conta com um servidor web embutido e tem uma seção da documentação que só fala sobre a instalação. No entanto, apesar de já estar plenamente funcional, o software ainda é considerado beta e tem mudado a cada nova versão. Como a documentação nem sempre acompanha essas mudanças, pode ser difícil segui-la, o que complica a instalação. Em geral, é preciso instalar o interpretador da linguagem Python, a ferramenta de controle de versões Subversion e o próprio Django. Um programa faz a configuração inicial.
Banco de dados
Como o Django foi criado para gerenciar conteúdo, ele é compatível com a maioria dos gerenciadores de bancos de dados do mercado. O software funciona bem com PostgreSQL e MySQL, que vêm sendo usados na maioria dos sites construídos com o Django. Alguns sites de tráfego muito alto empregam o Oracle. Também é possível fazer o Django rodar com o SQL Server, da Microsoft, mas com algumas limitações.
Páginas dinâmicas
O Django não oferece interface web e outros facilitadores para ajudar na criação do site. Em vez disso, ele conta com um recurso mais profissional e que permite a reutilização de código e de bibliotecas em Python já existentes. O processo começa com a importação de uma classe de um determinado módulo do Django ou do Python. Para gerar uma página HTML, por exemplo, é só importar a classe HttpResponse do módulo django.http. Depois, cria-se uma função utilizando essa classe e, na seqüência, associa-se essa função a uma URL. Cada vez que o internauta tentar acessar essa URL, a função correspondente é processada e a classe HttpResponse gera o código HTML.
Design X programação
Uma das dificuldades do desenvolvimento na web é definir o ponto exato onde acaba o trabalho do programador e começa o do designer. Com o Django isso não é problema: cada profissional pode fazer o seu trabalho simultaneamente e depois reunir tudo para concluir a aplicação. A ferramenta ainda conta com gabaritos que facilitam bastante a finalização de um site.
Administração
Outro recurso muito útil do Django é a ferramenta que cria sites administrativos. Quem já desenvolveu alguma aplicação mais complexa, sabe o trabalho que dá elaborar a parte de administração. Com o Django isso já vem pronto. Mas, claro, é preciso conhecer programação em Python para ativar esse recurso.
Aprendizado
Iniciantes em Django podem consultar um livro online gratuito (www.djangobook.com) que possibilita que os programadores conheçam a ferramenta toda em pouco tempo. É claro que esse livro não ensina a programar em Python, mas um desenvolvedor experiente não terá problemas para se adaptar à linguagem. Há também um tutorial online que mostra como dar os primeiros passos com o Django.
Turma do Python
Fazendo uma avaliação geral do Django, é fácil concluir que se trata de uma excelente ferramenta, que traz grande produtividade no desenvolvimento. A única ressalva é que ela só vale a pena para quem já desenvolve em Python. Se não for esse o caso, é melhor investir em um framework mais amigável, como o Ruby On Rails ou numa ferramenta comercial.
RUBY ON RAILS
O mais conhecido concorrente do Django entre os frameworks da web 2.0 é o Ruby on Rails (www.info.abril.com.br/download/4574.shtml). O site Mesure Map (www.measuremap.com), do Google, por exemplo, foi construído com ele. Mais antigo que o Django, ele está, também, mais maduro.
Toni Cavalheiro, na INFO de novembro de 2007
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